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Washington intensificará cooperação militar e de inteligência com Paris

Uma série de ataques na capital francesa deixou ao menos 129 mortos e 352 feridos

Washington, Estados Unidos - Os Estados Unidos vão intensificar a sua cooperação militar e em termos de partilha de informação com a França, na sequência dos atentados na sexta-feira em Paris, que deixaram pelo menos 129 mortos, informou neste domingo um conselheiro de Barack Obama.

"Nós vamos continuar a trabalhar em estreita colaboração com os franceses em termos de partilha de informação, e também em termos de resposta militar na Síria. Os franceses estão conosco na Síria e no Iraque e conduzem ataques aéreos. Queremos continuar a intensificar a coordenação", garantiu Ben Rhodes, vice-conselheiro de segurança nacional do presidente americano ao canal ABC.

"Há um general de três estrelas francês no Centcom (o comando das forças americanas no Oriente Médio, que dirige os ataques aéreos) para facilitar essa coordenação. Então, vamos trabalhar com os franceses para atacar o grupo Estado Islâmico em resposta aos atentados" de Paris, garantiu Rhodes.

"Tivemos algum sucesso nas últimas semanas nos ataques aéreos contra o EI na Líbia, contra o ;Jihadista John; na Síria e nas operações em Sinjar, onde os nossos aliados curdos foram capazes de retomar o controle sobre esta cidade estratégica das mãos do EI", enfatizou.

Rhodes também destacou a disposição do EI de exportar o conflito para outros países: "Precisamos observar que nós atingimos o chefe do EI na Líbia precisamente porque estávamos preocupados com seus esforços de estabelecer-se e assumir o controle de certas áreas na Líbia, como fizeram no Iraque e na Síria".

"Nós também nos concentramos no desafio dos combatentes estrangeiros que entram na Síria, e que muitas vezes retornam para a Europa. É por isso que enfatizamos em nossas reuniões a necessidade de fechar a fronteira entre a Síria e a Turquia para impedir o fluxo de combatentes estrangeiros. Precisamos compartilhar informações para prevenir e conter ataques em países aliados e, claro, nos Estados Unidos ", concluiu.