A ansiedade mundial provocada por uma série de ataques mortais por parte do Estado Islâmico em Paris deu uma nova urgência para os próximos encontros do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com líderes mundiais na reunião do G-20, na Turquia.
Os atentados na França - que mataram pelo menos 128 pessoas - vão mudar dramaticamente a dinâmica das conversações na cidade turca de Antália, que fica a algumas centenas de quilômetros da fronteira com a Síria.
"Nós vamos fazer o que for preciso para trabalhar com os franceses e as nações ao redor do mundo para levar esses terroristas à Justiça, e perseguir qualquer rede terrorista que persegue nosso povo", disse Obama, em declarações na Casa Branca, pouco depois dos ataques.
O presidente francês, François Hollande, afirmou que os militantes do Estado Islâmico estão por trás dos ataques e o grupo extremista assumiu a autoria neste sábado. O governo norte-americano ainda não afirmou se acredita que o grupo jihadista seja responsável pela carnificina.
Obama estava prestes a deixar Washington na tarde deste sábado para uma viagem que inclui paradas na Malásia e nas Filipinas. Ele também viajaria para Paris em duas semanas, para uma conferência do clima - embora existam dúvidas se a reunião será realizada na capital francesa, dadas questões de segurança dos líderes mundiais.
Espera-se que a segurança seja extremamente reforçada na Turquia, para o encontro de dois dias em Antália, onde muitos suspeitos militantes do Estado Islâmico foram detidos recentemente.
Antes das negociações de Obama na Turquia, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, estava reunido em Viena com líderes russos, turcos e de outras nações, incluindo a Síria.
Autoridades norte-americanas minimizaram as perspectivas de um avanço iminente para acabar com a guerra civil na Síria e derrotar os militantes que tiram vantagem do caos. Susan Rice, assessora de Segurança Nacional de Washington, afirmou que o objetivo era simplesmente fazer um "progresso incremental".
A primeira reunião de Obama na Turquia será com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan.