Washington, Estados Unidos - Ao menos dois cidadãos belgas, um português, dois tunisianos e dois romenos estão entre os estrangeiros que perderam a vida nos atentados da noite de sexta-feira em Paris, que, segundo um balanço provisório, mataram ao menos 128 pessoas e deixaram centenas de feridos, informaram fontes oficiais.
A emissora de televisão RRBF, da Bélgica, noticiou a morte de dois cidadãos daquele país, citando o ministério belga de Relações Exteriores.
Sem dar maiores detalhes, um porta-voz do ministério informou que o governo belga foi informado das mortes pelas autoridades francesas.
Entre os mortos também está um cidadão português de 63 anos, residente em Paris e que trabalhava no transporte público, informou à AFP o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, em Lisboa.
Segundo uma fonte oficial, citada pela agência de notícias Lusa, o homem teria morrido nos arredores do Stade de France, ao norte da capital francesa, um dos locais que foram alvo dos mortais atentados da noite passada.
Dois romenos também morreram nos atentados, anunciou neste sábado o ministério de Relações Exteriores em Bucareste.
A informação foi confirmada pelas autoridades francesas, destacou um comunicado. O ministério não deu maiores detalhes.
Por fim, duas jovens irmãs tunisianas, de 34 e 35 anos, também morreram nos ataques, segundo o ministério das Relações Exteriores da Tunísia.
Segundo um "balanço ainda provisório, pelo menos dois tunisianos morreram" na onda de ataques contra a capital francesa, declarou à AFP um encarregado do ministério, Naoufel Laabidi, confirmando informações publicadas na imprensa.
As jovens eram originárias de Menzel Bourguiba, perto de Bizerte (norte), viviam na região do Creusot (centro-leste), acrescentou a fonte.
Na noite de sexta-feira, as duas comemoravam o aniversário de uma amiga, em Paris, quando ocorreram os atentados, segundo declarações de uma fonte próxima às vítimas citada pela rádio Mosaique FM.
Cerca de 700.000 tunisianos vivem na França.
A embaixada dos Estados Unidos em Paris trabalha sem descanso para identificar cidadãos afetados pelos atentados, informou neste sábado o Departamento de Estado, destacando que vários americanos estão entre os feridos, sem reportar vítimas fatais.
"Estamos a par de que há feridos americanos e oferecemos a eles toda a assistência consular possível", disse Mark Toner, porta-voz da diplomacia americana.
O funcionário não revelou quantos cidadãos foram afetados nem tampouco se há americanos entre os mortos nestes ataques reivindicados pelo grupo Estado Islâmico, que deixaram ao menos 128 mortos e centenas de feridos em Paris.
"O governo americano trabalha estreitamente com as autoridades francesas para identificar as vítimas americanas", disse Toner.
O Ministério brasileiro das Relações Exteriores confirmou dois brasileiros entre os feridos nos ataques.