Agência France-Presse
postado em 14/11/2015 12:47
[FOTO594493]Paris, França - Ao menos 128 pessoas morreram e 300 ficaram feridas em seis locais da capital francesa, da casa de espetáculos Bataclan até o Stade de France, o estado de emergência foi instaurado: veja a cronologia dos atentados de sexta-feira à noite e seus desdobramentos neste sábado.
Tiroteios
Sexta-feira à noite: vários tiroteios e explosões acontecem simultaneamente em Paris.
- Entre 21h00 e 21h15 (18H20 de Brasília): Três explosões ressoam em torno do complexo esportivo do Stade de France, ao norte de Paris, durante uma partida de futebol entre as seleções da França e Alemanha na presença de 80.000 espectadores. Uma pessoa é morta, bem como os três suicidas.
- Às 21h29, um primeiro tuíte relata um "tiroteio em Paris10 Bichat". Na esquina das ruas Bichat e Alibert (Xe arrondissement). O tiroteio no restaurante Le Petit Camboja mata 14 pessoas.
- Às 21h38, outro tuíte menciona "barulhos preocupantes" na rua de Charonne (XIe arrondissement). Testemunhas ouvem tiros durante "dois, três minutos". 18 pessoas morreram.
- Às 21h49, um tuíte fala de "muito tiros no Bataclan". Na casa de espetáculos, onde acontecia um show de rock, vários homens armados com os rostos descobertos abrem fogo indiscriminadamente gritando "Alá Akbar".
- Rua de la Fontaine au roi (XIe arrondissement), perto da Praça da República, cinco pessoas são mortas a tiros em uma pizzaria, La Casa Nostra.
- Um ataque faz um morto no boulevard Voltaire, do outro lado da praça da República. O homem-bomba morre.
Estado de emergência
- 22h30: o presidente François Hollande, imediatamente retirado do Stade de France, se reúne com membros do governo e da segurança no ministério do Interior para discutir situação.
- 23h43 : novo balanço de ao menos 35 mortos.
- Hospitais de Paris acionam "Plano branco" de emergência e crise.
- 00h01: "várias dezenas de mortos, muitos feridos", "é um horror", declara à televisão François Hollande, que anuncia a instauração do estado de emergência
- 00H15: um conselho de ministros se reúne no Eliseu e decreta o estado de emergência.
- O Partido Socialista, a Frente Nacional (extrema-direita) e o partido Republicanos de Nicolas Sarkozy suspendem suas campanhas para as eleições regionais.
- Sábado, pouco antes das 00h30: intervenção da polícia na casa de espetáculos Bataclan que termina meia hora depois. Pelo menos 82 pessoas morreram. Os quatro atacantes morrem, incluindo três ativando seu cinto de explosivos.
Primeiras medidas de emergência
- As escolas e universidades são fechadas no sábado. Todas os passeios escolares são cancelados na França no fim de semana.
- 01h11: a tomada de reféns no Bataclan fez uma centena de mortes, de acordo com fontes policiais.
- Francois Hollande vai ao Bataclan com vários ministros, incluindo o do Interior Bernard Cazeneuve.
- O Conselho francês do culto Muçulmano condena "com a maior determinação" os "ataques odiosos e desprezíveis".
- "1.500 tropas adicionais são mobilizadas", anunciou o Eliseu.
- "Vamos lutar, e seremos implacáveis" contra os terroristas, disse François Hollande perto do Bataclan.
- Haverá um "restabelecimento dos controles" nas fronteiras, mas não o "fechamento", indicou o Eliseu.
- Os ataques deixaram pelo menos 120 mortos, informa o Ministério Público.
- 04h30: de acordo com os investigadores, oito "terroristas" foram mortos nos ataques, incluindo sete acionando seus cintos explosivos.
Luto nacional
- 09h00: Conselho de Defesa no Eliseu.
- As competições esportivas são suspensas na região de Paris e os locais turísticos são fechados.
- Todas as instalações da cidade de Paris permanecem fechadas: escolas, museus, bibliotecas, ginásios, piscinas, mercados, bem como instituições culturais públicas na área de Paris.
- A direção da Polícia Nacional lança um apelo em busca de testemunhas.
- 10h50: Hollande chama os ataques de um "ato de guerra" e acusa o "exército terrorista" do grupo Estado Islâmico, "Daech". Ele anuncia "luto nacional de três dias".
- O grupo Estado Islâmico reivindica os ataques.
- Manifestações em vias públicas são proibidas em Paris e na região de Paris até quinta-feira.