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Presidente francês acusa Estado Islâmico de cometer 'ato de guerra'

"A França será implacável", assegurou François Hollande, indicando que todas as medidas para assegurar a segurança dos cidadãos serão tomadas

Paris, França - O presidente francês, François Hollande, acusou neste sábado o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) de ser responsável pelos ataques realizados na sexta-feira (13/11) à noite em Paris, que fizeram 128 mortos e 250 feridos. "O que aconteceu ontem foi um ato de guerra (...) que foi cometido pelo Daesh (acrônimo em árabe de EI). Ele foi preparado, organizado, planejado no exterior, com cúmplices internos que a investigação deverá estabelecer", declarou Hollande durante uma breve alocução no palácio do Eliseu.

[SAIBAMAIS]O grupo Estado Islâmico ainda não reivindicou os atentados. O presidente francês, que acabara de se reunir com um conselho de defesa no qual participaram os principais ministros do governo, denunciou "um ato de barbárie absoluta". "A França será implacável", assegurou, indicando que "todas as medidas para assegurar a segurança dos cidadãos serão tomadas como parte do estado de emergência" decretado à noite.

"As forças de segurança internas e o exército estão mobilizados no mais alto nível de suas possibilidades" e "todos os dispositivos de segurança foram reforçados", assegurou. "As famílias estão sofrendo. O país está despedaço", declarou o chefe de Estado, antes de anunciar a sua decisão de estabelecer um luto nacional de três dias.



Ele também anunciou que falará na segunda-feira ante o Parlamento francês reunido em Congresso em Versalhes, perto de Paris, "para unir a Nação nesta provação". "O que estamos defendendo é a nossa pátria, mas é muito mais do que isso, são os valores da humanidade e a França vai assumir as suas responsabilidades", declarou solenemente François Hollande, que chamou os franceses "a se unir e manter o sangue frio".