"Estas vítimas morrem depois de passar vários dias no mar em condições absolutamente indescritíveis, são irreconhecíveis, têm o rosto desfigurado pelo avançado estado de decomposição", explica Carmine Mosca, chefe do departamento de homicídios. "Até as pessoas que viajavam com eles, amigos ou parentes, não conseguem reconhecê-las", completa.
"Alguns foram identificados graças aos últimos números registrados no telefone ou porque haviam escrito algo em um papel, na roupa, no cinto", conta.
O projeto de criar um banco de dados europeu com todos os elementos úteis para a identificação dos mortos e desaparecidos é quase uma utopia diante da emergência humanitária, a prioridade absoluta, e quase todos os recursos são destinados aos sobreviventes.