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O desafio de identificar os migrantes mortos no Mediterrâneo

A Marinha italiana instalou um contêiner onde colocou mais de 800 corpos de pessoas que tentaram atravessar o mar rumo a Europa para identificar



"Estas vítimas morrem depois de passar vários dias no mar em condições absolutamente indescritíveis, são irreconhecíveis, têm o rosto desfigurado pelo avançado estado de decomposição", explica Carmine Mosca, chefe do departamento de homicídios. "Até as pessoas que viajavam com eles, amigos ou parentes, não conseguem reconhecê-las", completa.

"Alguns foram identificados graças aos últimos números registrados no telefone ou porque haviam escrito algo em um papel, na roupa, no cinto", conta.

O projeto de criar um banco de dados europeu com todos os elementos úteis para a identificação dos mortos e desaparecidos é quase uma utopia diante da emergência humanitária, a prioridade absoluta, e quase todos os recursos são destinados aos sobreviventes.