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Croácia vota em plena crise econômica e migratória

Pesquisas apontam disputa acirrada entre candidatos da oposição e da situação

Os croatas comparecem às urnas neste domingo (8/11) para eleições legislativas nas quais os conservadores esperam retornar ao poder, em um país que se encontra na linha de frente da crise migratória da União Europeia (UE) e que emerge de seis anos de recessão.

Por volta das 13h30 (de Brasília), duas horas antes do fechamento das seções eleitorais marcado para as 16h, a participação era de 46,57%, semelhante à da última eleição, em 2011. Os primeiros resultados são esperados no domingo à noite.

As pesquisas apontam uma disputa apertada entre a atual aliança governista de centro-esquerda, liderada pelo primeiro-ministro Zoran Milanovic (SDP, social-democrata), e a conservadora "coalizão patriótica", formada ao redor de Tomislav Karamarko, líder do principal partido opositor (HDZ). Estas são as primeiras eleições legislativas desde que o país tornou, em 2013, o 28; membro da UE.

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A princípio, nenhuma coalizão deve obter a maioria absoluta no Parlamento e a formação do governo será definida nas negociações após a votação com os partidos menores.

A "Coalizão Patriótica" criada em torno do HDZ, que as pesquisas apontaram com uma cômoda vantagem no dia seguinte à vitória de sua candidata Kolinda Grabar Kitarovic na eleição presidencial do início do ano, encontra-se agora empatada com a coalizão "Croácia está Crescendo", liderada pelo Partido Social Democrata da Croácia (SDP), do primeiro-ministro Zoran Milanovic.

Para Milanovic, o surgimento da crise migratória em meados de setembro, quando a Croácia viu 300.000 refugiados atravessarem seu território em direção à Europa ocidental, acabou desviando o foco do governo da implementação de reformas indispensáveis para a reativação da economia.

O atual primeiro-ministro demonstrou empatia com os migrantes, mas também firmeza com os países vizinhos, como a Hungria, que teve sua decisão de fechar a fronteira condenada. Outra crítica foi direcionada à Sérvia, por seu modo de administrar a crise, enquanto anunciava que sua prioridade era proteger os investimentos nacionais da Croácia.

As dificuldades econômicas da Croácia perduram. O desemprego alcançou em setembro 16,2% da população ativa e 43,1% entre os jovens, enquanto que a dívida pública alcançou quase 90% do PIB, o que faz da economia croata uma das mais pobres da União Europeia.

Embora o PIB tenha melhorado nos três primeiros trimestres de 2015, os analistas indicam que os dois principais candidatos nas eleições legislativas não ofereceram soluções concretas para reativar de maneira eficaz a economia, nem para resolver o problema de uma administração ineficaz.

[SAIBAMAIS]