Trinta e sete cristãos assírios que foram sequestrados em fevereiro no nordeste da Síria pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) foram libertados, informaram três ONGs neste sábado (7/11).
"O grupo terrorista EI libertou 37 pessoas que sequestrou em 23 de fevereiro durante a tomada das aldeias e de outras localidades assírias no rio Jabur, na localidade de Hasake", informou à AFP o Observatório Assírio dos Direitos Humanos.
As pessoas libertadas, 27 mulheres e 10 homens, em sua maioria idosas, chegaram pela manhã à localidade assíria de Tal Tamer, procedentes das zonas controladas pelo EI perto da cidade de Hasake, informou a ONG.
Estas pessoas faziam parte dos mais de 200 membros desta comunidade sequestrados em fevereiro pelos jihadistas durante sua ofensiva no nordeste da Síria. Em agosto, o EI havia libertado 22.
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Outra ONG, a Rede Assíria dos Direitos Humanos, também anunciou esta libertação, afirmando que as pessoas que recuperaram sua liberdade eram originárias de Tal Shamiram e Tal Jazira, no norte da província de Hasake.
No final de maio, as forças curdas expulsaram os jihadistas de 14 aldeias cristãs assírias que controlavam desde fevereiro.
Segundo o Observatório Assírio, esta libertação é "resultado de negociações e esforços constantes da Igreja assíria oriental da cidade de Hasake".
O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), com sede no Reino Unido, declarou à AFP que a libertação ocorreu mediante "o pagamento de importantes quantias de dinheiro no marco de uma mediação realizada por chefes de tribos árabes na Síria e no Iraque".
O grupo jihadista "informou aos negociadores de que todos os que não participaram de atos hostis ao EI serão libertados em troca de dinheiro", declarou o diretor desta outra ONG, Rami Abdel Rahman.
Os assírios, uma das comunidades mais antigas convertidas ao cristianismo, são cerca de 30.000 na Síria, ou seja, 2,5% dos 1,2 milhão de cristãos do país.