Na terça-feira à noite, milhares de pessoas saíram às ruas em Bucareste e acusaram as autoridades de falta de respeito às leis. Ponta, acusado de corrupção, era pressionado há muitos meses e tanto Iohannis como a oposição exigiam sua renúncia.
O premier demissionário comparecerá à justiça sob a a acusação, entre outras, de cumplicidade em evasão fiscal e lavagem de dinheiro na época em que trabalhava como advogado. A tragédia de sexta-feira aconteceu poucos dias depois de outro escândalo afetar o vice-premier e ministro do Interior Gabriel Oprea.
A morte de um policial que integrava sua equipe deixou em evidência possíveis abusos, que violam a lei, por parte de Oprea na utilização dos motociclistas. Na terça-feira, os manifestantes exigiram as renúncias de Ponta e Oprea, acusados de não assumir suas responsabilidades.
Os romenos também pediram uma "mudança profunda" dos políticos, em grande parte acusados de corrupção. O país é um dos mais pobres da União Europeia. Segundo a Constituição, o chefe de Estado deve nomear um primeiro-ministro interino antes de iniciar consultas com os partidos representados no Parlamento sobre a formação de um novo governo.
A coalizão governamental, formada pelos social-democratas de Ponta e três pequenos partidos de centro-esquerda, deve se reunir para decidir os próximos passos. As eleições legislativas na Romênia estão previstas para novembro de 2016.
A renúncia do governo coincide com uma reunião de cúpula de nove chefes de Estado e Governo de países da Europa central e do leste para solicitar uma presença maior da Otan na região, inquieta com o ativismo militar da Rússia na Ucrânia.