Ele disse que os "hotspots", os centros de recepção e registro previstos para as ilhas gregas e na Sicília (Itália), não permitirão absorver o fluxo de demandantes de asilo, pois não permitem uma estadia prolongada. "Aquele que entrou ilegalmente e não tem direito a asilo deve ser reenviado rapidamente a seu país", insistiu Leggeri, para quem a UE precisa de "estruturas de recepção" nas quais os migrantes "sejam detidos em caso de de necessidade".
O diretor da Frontex fez um apelo aos Estados europeus por um "uso mais consequente" de seu direito, previsto pelos textos europeus, de deter por "até 18 meses" um estrangeiro em situação irregular para "organizar sua volta".
O tema é o principal ponto de discórdia dentro da coalizão de governo na Alemanha, país que recebe o maior número de candidatos ao asilo: os conservadores desejam a criação de "zonas de trânsito" nas fronteiras que permitam reter os imigrantes durante a análise acelerada de seu caso, como nos aeroportos. Mas os social-democratas rejeitam a ideia e criticam um plano para criar "campos em massa" ou "zonas de detenção".