Jerusalém - Uma ONG israelense informou nesta terça-feira (27/10) ter processado o Facebook por não ter bloqueado páginas que incitam o assassinato de judeus.
Nitsana Darshan-Leitner, diretora da Shurat HaDin, acionou o Facebook em um tribunal de Nova York, pois afirma que a rede social é responsável por publicações que incitam a violência.
A ativista pede que o Facebook suprima mais de mil páginas "incendiárias" e melhore os mecanismos de supervisão, sem reivindicar nenhum tipo de indenização.
O Facebook "pode saber que café você tomou pela manhã, se submeter a propagandas ou me colocar em contato com amigos que tenham os mesmos interesses, então, pode vigiar as ameaças e suprimir as publicações que induzam ou glorifiquem os ataques terroristas?", afirmou a ativista à AFP.
Cerca de 20.000 israelenses apoiaram a petição, acrescentou Darshan-Leitner.
"Esta ação não tem fundamentos e vamos nos defender vigorosamente", informou, em um comunicado, o Facebook.
"Queremos que as pessoas se sintam seguras quando usam o Facebook. Não há nenhum lugar para conteúdos que incitem à violência, as ameaças diretas (...) ou um discurso de ódio no Facebook", afirmou a empresa em um comunicado.
Distúrbios na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém oriental, área anexada por Israel em 1967, desataram uma onda de violência, com facadas que deixaram nove israelenses mortos desde 1; de outubro. Os incidentes e protestos deixaram 56 mortos palestinos e um árabe-israelense falecido desde 1; de outubro.