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Número de mortos após terremoto no Paquistão e Afeganistão sobe para 300

O número de vítimas deve aumentar com o avanço das equipes de emergência até as áreas remotas. As autoridades paquistanesas mobilizaram o exército e deixaram todos os hospitais do país em alerta



No Afeganistão, o balanço provisório registra pelo menos 63 mortes, incluindo 30 em Kunar (leste), onde 1.500 casas ficaram destruídas, 10 em Nangarhar (leste), nove em Badakhshan, duas na província de Baghlan e as 12 meninas de Takhar (nordeste).

As jovens - todas com menos de 16 anos - "correram para sair da escola, o que provocou um tumulto fatal", disse à AFP Enayat Naweed, diretor da secretaria de Educação de Takhar. Trinta e cinco estudantes ficaram feridas na correria. O primeiro-ministro afegão Abdullah Abdullah reconheceu "importantes perdas humanas e materiais", mas não divulgou um balanço preciso.

Tremor sentido na Ásia
Na Índia, o terremoto provocou a interrupção do metrô de Nova Délhi, uma cidade a mais de 1.000 km do epicentro. Em Srinagar, a principal cidade da parte indiana da Caxemira, na fronteira com o Paquistão, os moradores correram para as ruas.

Em maio, um forte terremoto no Nepal deixou mais de 8.900 mortos, provocou deslizamentos de terra e destruiu meio milhão de casas. Segundo o Instituto de Geologia dos Estados Unidos (USGS), o epicentro do terremoto de segunda-feira foi registrado em Jurm, extremo nordeste do Afeganistão, a uma profundidade de 213,5 km.