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Tufão nas Filipinas obriga 15 mil pessoas a saírem da região

As autoridades locais registaram pelo menos oito pessoas como desaparecidas e promovem operações de resgate na província de cultivo de arroz de Nueva Ecija, onde os rios transbordaram e inundaram várias aldeias


O Tufão Koppu, que chegou na madrugada deste domingo (18) ao Norte das Filipinas destruiu casas, derrubou árvores, provocou deslizamentos de terras e enchentes, obrigando milhares de pessoas a fugir. As autoridades locais registaram pelo menos oito pessoas como desaparecidas e promovem operações de resgate na província de cultivo de arroz de Nueva Ecija, onde os rios transbordaram e inundaram várias aldeias.

O tufão é acompanhado por ventos fortes que devem durar três dias, de acordo com a agência nacional de meteorologia. Antes da ocorrência, cerca de 6,5 mil pessoas foram retiradas das suas casas e levadas para locais mais seguros. Imagens de televisão mostram a fúria dos rios a destruir casas e arrastar grandes detritos como troncos de árvores. O tufão já obrigou a saída de mais de 15 mil pessoas da região, segundo fonte governamental.

Antes de amanhecer, o tufão atingiu a costa da cidade piscatória de Casiguran, com rajadas até 210 quilômetros por hora (km/h) durante cerca de sete horas. Depois, o Koppu se deslocou para o interior, onde, mais enfraquecido, atravessou Pantabangan Dam na parte sul da maior cadeia de montanhas do país, com rajadas de 185 km/h. "Algumas aldeias já não estão acessíveis, e os socorristas dizem ter visto dois corpos humanos flutuando na água", contou o governador da província de Nueva Ecija, Aurelio Umali, que inclui Pantabangan.

Apesar do enfraquecimento da tempestade, as autoridades locais alertaram para as fortes chuvas que também podem provocar enchentes e deslizamentos de terras na cordilheira, conhecida pelas plantações de arroz nas encostas das montanhas.

Diversas estradas foram cortadas na província de Aurora, incluindo em Casiguran, principalmente por conta dos deslizamentos de terras provocados pelas chuvas diluvianas, sendo que a província vizinha de Isabela também foi afetada, com o registo de "apagões".

Embora não deva atingir diretamente a capital, Manila, o serviço de meteorologia do país advertiu que a tempestade é tão grande que pode até afetar as regiões mais a sul do arquipélago com fortes ventos e chuva. As Filipinas são atingidas anualmente por 15 a 20 tufões durante a época de monções, que começa geralmente em junho e termina em novembro. Em novembro de 2013, o Haiyan, um dos mais potentes tufões da história, deixou 6,3 mil mortos, mais de mil desaparecidos e 14 milhões de pessoas atingidas.