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Grupo Estado Islâmico paga até US$ 10.000 a seus recrutadores, diz ONU

Segundo as Nações Unidas o grupo EI está utilizando as redes sociais e as conexões informais e familiares para recrutar novos jihadistas

O grupo Estado Islâmico (EI) paga aos seus recrutadores até 10.000 dólares por cada novo miliciano que se une à organização para lutar na Síria e no Iraque, afirmaram nesta sexta-feira (16/10) especialistas da ONU em um relatório publicado na Bélgica.

Elzbieta Karska, que lidera uma unidade da ONU que estuda o problema dos combatentes estrangeiros que viajam a zonas de conflito, afirma que o grupo EI está utilizando as redes sociais e as conexões informais e familiares para recrutar novos jihadistas.

Os intermediários, que em muitos casos estão na Síria, "obtêm um pagamento em função do número de pessoas recrutadas e se uma destas pessoas depois se casa", afirmaram os especialistas da ONU em um relatório preliminar publicado na Bélgica, o país europeu mais afetado por este fenômeno.



"Se for alguém muito formado como um especialista em informática ou um médico, então pagam mais", disse na coletiva de imprensa Karska. "O que soubemos é que os recrutadores recebem de 2.000, 3.000, a 10.000 dólares dependendo de quem for captado", disse o advogado, que advertiu que estas conclusões são preliminares.

O perfil dos combatentes é diverso, mas a idade média está em torno dos 23 anos e cada vez há mais mulheres que decidem partir. As motivações são variadas, desde a "convicção religiosa", os "motivos humanitários" ou inclusive "a busca de aventuras". O perfil não corresponde sempre às pessoas com subempregos. "Muitas têm uma boa situação econômica", afirma Karska.