Os serviços de segurança iraquianos tentavam verificar nesta segunda-feira se o líder do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al Bagdadi, ficou ferido no domingo em um ataque da aviação iraquiana contra seu comboio. "Juntamos e cruzamos as informações para fazer uma avaliação precisa da situação", declarou à AFP Saad Maan, porta-voz do ministério do Interior.
No domingo, as autoridades do Iraque afirmaram que o comboio do líder do EI havia sido bombardeado quando se dirigia a Karabla, perto da fronteira com a Síria, para participar de uma reunião dos líderes do grupo jihadista. O edifício onde era realizada a reunião também foi atingido pelas bombas iraquianas, informou o comunicado das autoridades.
[SAIBAMAIS]Informações divulgadas no domingo indicavam que Abu Bakr al Bagdadi teria ficado ferido no ataque. Segundo funcionários da grande província sunita de Al-Anbar (oeste), o líder do EI foi ferido no ataque.
A reunião de Karabla foi realizada na casa de um político local ocupada pelo EI, informou Rafa Al Fahdawi, líder de uma organização de tribos desta região opostas ao Estado Islâmico.
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"Segundo ex-membros das forças de segurança que vivem lá, Bagdadi ficou gravemente ferido e vários chefes do Daesh (acrônimo árabe de Estado Islâmico) morreram", disse Al Fahdawi à AFP. "Segundo habitantes de Karabla, Bagdadi e outros líderes foram levados a um hospital de Ablu Kamal", uma cidade situada do outro lado da fronteira entre Iraque e Síria, informou um funcionário dos serviços de segurança.
Em junho de 2014, Bagdadi proclamou-se "califa" de todos os muçulmanos e anunciou a criação de um "califado" nos territórios de Iraque e Síria controlados pelo EI.
Bagdadi nasceu em 1971 em Samarra, ao norte de Bagdá. Sua última aparição pública foi em junho de 2014 e a última vez em que sua voz foi ouvida foi em maio de 2015.