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Adiado o novo plano de Obama para fechar prisão de Guantánamo

As transferências aos Estados Unidos foram proibidas pelo Congresso em 2011

Washington, Estados Unidos - Legisladores americanos anunciaram na terça-feira (29/9) que prorrogarão por um ano a proibição de transferir detentos da prisão da base militar de Guantánamo para território americano,pois o presidente Barack Obama não apresentou ao Congresso um novo plano para o fechamento do centro de detenção.

[SAIBAMAIS]As transferências aos Estados Unidos foram proibidas pelo Congresso em 2011, o que impediu o presidente americano de cumprir sua promessa de fechar a prisão militar criada em 2002, e na qual ainda encontram-se 113 prisioneiros da "guerra contra o terrorismo".

Os legisladores apresentaram na terça-feira seu projeto de lei de defesa 2016, no qual volta a aparecer a proibição. O Congresso deve aprovar a lei nas próximas semanas.

"Se a administração se queixa do que diz respeito a Guantánamo é por sua responsabilidade, já que jamais apresentou um plano, quando provavelmente poderíamos tê-lo apoiado para finalmente resolver este problema", declarou o senador John McCain, presidente republicano da comissão de Defesa do Senado. McCain é um dos republicanos que está de acordo em fechar a prisão.

Contudo, "o plano chega", assegurou o democrata Adam Smith. "Tenho falado sobre ele (...), o esperamos há várias semanas, mas chegará logo", disse.

Explicou que o objetivo era encontrar uma prisão de alta segurança para entre 45 e 50 indivíduos considerados muito perigosos.



Dois lugares foram avaliados durante o último verão boreal: a prisão militar de Fort Leavenworth (Kansas) e a de Navy Brig em Charleston, Carolina do Sul.

O Congresso também proíbe as transferências a quatro países nos quais a situação em matéria de segurança impede qualquer tipo de controle: Iêmen, de onde provém a maioria dos detentos considerados libertáveis, Líbia, Síria e Somália.

Os últimos três libertados, em setembro, viajaram ao Reino Unido, Arábia Saudita e Marrocos.