Mesmo assim, os partidos se consideram legitimados para dar continuidade ao processo que resultaria na constituição em 2017 de uma república independente nesta rica região do nordeste da Espanha, com 7,5 milhões de habitantes. "Esta intimação é a melhor demonstração de porquê temos que ser um país independente", afirmou o líder do partido ERC (esquerda), Oriol Junqueras.
Este partido, ao lado do conservador CDC de Mas, formam a coalizão ;Junts pel Sí;, vencedora das eleições de domingo. A promotoria também abriu ação contra dois integrantes do antigo Executivo pela organização da consulta simbólica, na qual foram investidos recursos públicos.
O governo catalão, que desde 2012 solicitava a organização de um referendo de autodeterminação, pedido negado pelo governo do primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy, estimulou a celebração do pleito, apesar do Tribunal Constitucional ter proibido o mesmo de forma cautelar para examinar a legalidade, questionada pelo Executivo central.
Em junho, o tribunal anunciou a ilegalidade da votação alegando que um governo regional não pode organizar qualquer tipo de consulta popular sobre questões que superem suas competências, como a integridade territorial do país.
Impedido de organizar um referendo legal, Mas antecipou as eleições regionais de domingo passado para transformá-las em uma espécie de plebiscito de seu plano para separar a Catalunha do restante da Espanha em 2017.