A montadora Audi admitiu nesta segunda-feira (28/9) ter equipado 2,1 milhões de seus modelos premium com o software da matriz Volkswagen elaborado para fraudar os controles de emissões poluentes dos motores diesel. Quase 1,4 milhão dos veículos foram destinados ao mercado europeu, incluindo 577.000 para a Alemanha. O mercado americano recebeu 13.000. Os motores afetados correspondem a modelos como A1, A3, A4 e A6, assim como o esportivo TT e os SUV Q3 e Q5.
[SAIBAMAIS]A Volkswagen, que possui 12 marcas de veículos, admitiu na semana passada que 11 milhões de carros contavam com o software, o que provocou uma forte queda da ação da empresa na Bolsa e vários processos judiciais. Nesta segunda-feira, a ação da VW operava em queda de 6% na Bolsa de Frankfurt.
Governo dá ultimato
A Alemanha intimou a Volkswagen a apresentar antes de 7 de outubro um plano de medidas técnicas para resolver o escândalo dos carros a diesel equipados com um software de falsificação de emissões de gases poluentes, informou um porta-voz do ministério do Turismo.
A Autoridade Federal de Transportes (KBA) exigiu que a Volkswagen apresente "medidas vinculantes e um calendário de implementação de soluções técnicas para os veículos afetados. A KBA deu de prazo à companhia até 7 de outubro", assinalou Martin Susteck.
Por outro lado, a promotoria alemã anunciou nesta segunda-feira a abertura de uma investigação por fraude contra o ex-presidente da montadora alemã, Martin Winterkorn, obrigado a renunciar na semana passada por causa do escândalo. "A Promotoria Pública de Brunswick abriu investigação contra Martin Winterkorn por denúncias de fraude na venda de veículos com valores de emissões [contaminantes] falsificados", afirma o comunicado.