Os partidos separatistas catalães obtiveram maioria absoluta no Parlamento regional nas eleições deste domingo, um resultado que consideram suficiente para lançar um processo de secessão da Espanha, segundo resultados oficiais com base em 97% dos votos apurados.
[SAIBAMAIS]A coalizão Junts pel Sí (Juntos pelo Sim), impulsionada para dar caráter plebiscitário ao que no princípio não passavam de eleições legislativas regionais, obteve 62 das 135 cadeiras na câmara catalã.
Os anticapitalistas da CUP obtiveram, por sua vez, 10 deputados, o que dá a ambos mais da metade das 135 cadeiras da câmara regional.
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O partido de centro-direita anti-separatista Ciudadanos situou-se como segunda força, com 25 deputados, seguidos dos socialistas catalães, com 16, contrários à secessão, mas partidários de uma reforma que transforme a Espanha em Estado federal.
Os conservadores do Partido Popular (PP), do chefe de governo espanhol, Mariano Rajoy, obtiveram 11 cadeiras, assim como os antiliberais do Cataluña Sí Se Puede, coalizão da qual participa o partido de esquerda radical Podemos.
O porta-voz do PP afirmou na noite deste domingo que "a maioria dos catalães rejeitou a independência", pois, segundo ele, as duas listas separatistas não reuniram a metade dos votos nas eleições regionais.
"Vamos continuar garantindo a legalidade, vamos defender a unidade da Espanha", afirmou o porta-voz do PP, Pablo Casado, na sede do partido, em Madri. Mariajo Rajoy não quis dar declarações.
Depois de três anos pedindo um referendo de independência como os celebrados em Quebec (Canadá) ou na Escócia, negado sistematicamente pelo executivo de Rajoy, Mas decidiu dotar estas eleições de um carácter plebiscitário.
Já anunciaram que a maioria absoluta no Parlamento regional lhes bastará para iniciar um processo que, se nada o impedir, deve resultar na independência da região em 2017.