Xi, que iniciou sua visita aos Estados Unidos com uma reunião em Seattle com os presidentes de empresas, é visto em Washington como um dos líderes chineses mais fortes em décadas, consolidando o poder político, militar e governamental a uma velocidade só vista na gestão de Deng Xiaoping.
Mas esta firmeza tem gerado sérias disputas marítimas, econômicas e de cibersegurança, que funcionários americanos afirmam estar desestabilizando as complexas e delicadas relações bilaterais.
Em reuniões prévias, os acordos sobre mudança climática, comércio e cooperação militar ajudaram a enfatizar os aspectos positivos entre as duas potências. Desta vez, tais avanços são pouco prováveis, mas um acordo sobre segurança cibernética não está descartado.
Na terça-feira, Xi afirmou que Pequim não tem envolvimento com hackers ou com ataques informáticos no planeta, rebatendo as acusações neste sentido.
Obama e Xi tratarão de destacar a cooperação para deter os programas nucleares de Irã e Coreia do Norte, os esforços contra o aquecimento global e os laços entre as duas Nações. Também se espera um acordo sobre a redução dos riscos de confrontos militares aéreos.
Há dois dias, funcionários americanos revelaram que dois caças chineses passaram perigosamente perto de um avião espião americano que voava no espaço aéreo internacional sobre o Mar Amarelo.
O incidente ocorreu no dia 15 de setembro, quando os caças chineses interceptaram uma aeronave de reconhecimento RC-135 e cruzaram sua rota, explicou um funcionário, que pediu para não ser identificado.