Francisco também lançou um dramático apelo para que sejam adotadas ações corajosas para desenvolver estratégias de combate à mudança climática, tema de uma encíclica que publicou este ano. "Estou convicto de que podemos fazer a diferença e não tenho dúvida alguma de que os Estados Unidos e este Congresso terão um papel importante", afirmou, referindo-se ao que denominou "cultura do cuidado".
Principal mediador das negociações de reaproximação dos Estados Unidos e de Cuba, Francisco elogiou a "coragem e ousadia" dos dois ex-adversários de retomar o diálogo, e referiu-se à recente abertura entre Washington e seu também antigo adversário, o Irã. "Quando países enfrentam desafios para retomar o diálogo - um diálogo que pode ter sido interrompido pelas mais legítimas razões -, novas oportunidades se abrem para todos", destacou. "Um bom líder político deve sempre optar por iniciar processos e não se apropriar de espaços", disse.
Francisco também falou sobre a família, uma instituição que, segundo ele, está sob ameaça. "A família foi essencial para construir esse país. E merece todo nosso apoio e encorajamento. Mesmo assim, não oculto minhas preocupações quanto à família, que está ameaçada, talvez como nunca antes, do lado de dentro e do lado de fora", afirmou, em um comentário que deve ter agradado os legisladores republicanos contrários à recente decisão da Suprema Corte de legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Em sua entrada e no encerramento de seu discurso, Francisco foi aplaudido de pé pelos legisladores republicanos e democratas das duas casas do Congresso americano. Papa pede à multidão, em espanhol, que rezem por ele e desejem a ele coisas boas.