Des Moines, Estados Unidos - O pré-candidatado presidencial republicano Donald Trump, que lidera as pesquisas, afirmou neste sábado (19/9) que não se sente moralmente obrigado a defender Barack Obama, depois de deixar passar uma afirmação de um simpatizante de que disse que o presidente é muçulmano.
Em uma rápida troca de tuítes, o magnata respondeu a uma chuva de críticas dos democratas e de um companheiro republicano, o governador de Nova Jersey (nordeste), Chris Christie, sobre sua forma de conduzir o incidente. "Sou moralmente obrigado a defender um presidente cada vez que alguém disser algo ruim ou polêmico sobre ele? Não acho", afirmou Trump.
[FOTO1]O magnata, que em 2011 contribuiu para avivar um movimento para pedir a Obama que provasse que ele não havia nascido no Quênia, pareceu incentivar um simpatizante que, em um comício na quinta-feira passada em New Hampshire (nordeste), fez uma afirmação incorrecta sobre a religião do presidente. "Temos um problema neste país, e são os muçulmanos. Sabemos que nosso atual presidente é um deles, vocês sabem que não é americano", afirmou o simpatizante não identificado.
Trump riu sem graça e apenas disse: "Temos necessidade desta pergunta? Esta é aprimeira pergunta". Para Christie, Trump deveria ter dito "não, o presidente é cristão e nasceu neste país". O milionário disse ainda que é a primeira vez em sua vida que causou uma polêmica "por NÃO dizer algo". "Se eu tivesse desafiado o homem, a imprensa iria me acusar de interferir com seu direito de falar livremente. Uma situação sem saída", afirmou.
A crença de que Obama é muçulmano não é pouco comum. Segundo uma pesquisa recente da CNN/ORC, 29% dos americanos acreditam que sim, assim como 43% dos republicanos.