Miami, Estados Unidos - O jovem americano acusado de crimes racistas pela morte de nove negros em uma igreja de Charleston em junho passado poderá se declarar culpado em troca de não ser condenado à morte, disse nesta quarta-feira seu advogado, informaram meios locais.
William McGuire, advogado de Dylan Roof, informou em uma audiência na Carolina do Sul (sudeste dos EUA) que seu cliente "está disposto a se declarar culpado de todos os crimes se receber uma sentença de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional", informou o canal WCSC.
Dylan Roof, de 21 anos, é acusado de ter matado no último 17 de junho nove fiéis que estavam na igreja emblemática da comunidade negra, a Emanuel African Methodist Episcopal Church (AME), em Charleston, no que constituiu a pior matança racista da história recente dos Estados Unidos.
A promotora da Carolina do Sul encarregada do caso de Roof, Scarlett Wilson, havia dito que pedirá a pena de morte.
"Foi um crime extremo e a justiça de nosso estado exige um castigo capital", disse Wilson no início de setembro.
Roof é processado a nível estadual e a nível federal.
Em 31 de julho, Roof se declarou inocente, diante de um tribunal federal, de nove assassinatos, três tentativas de assassinato e crime racista, em virtude da lei sobre os crimes motivados por ódio em função da raça ou da religião.
Seu julgamento estadual, no qual ele poderá ser condenado à morte, está previsto para começar em julho do ano que vem.
Até o momento desconhece-se quando o julgamento federal vai se iniciar e qual pena os promotores vão pedir.