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Professor que tentou vender aluna albina é detido no Malauí

Phillip Ngulube estava com a menina quando foi preso na cidade de Mzuzu, no norte do país, e foi acusado de sequestro e tentativa de assassinato

Um professor de ensino primário que tentou vender por 10 mil dólares uma de suas alunas, uma menina albina, foi preso nesta terça-feira (15/9) no Malauí, indicou a polícia. Phillip Ngulube estava com a menina quando foi preso na cidade de Mzuzu, no norte do país, e foi acusado de sequestro e tentativa de assassinato, disse à Agência France Press o porta-voz da polícia, Maurice Chapola.

Em alguns países da África os albinos são assassinados porque acredita-se que seus órgãos têm poderes mágicos. Ngulube foi detido quando supostamente ia vender a menina a um empresário da Tanzânia por seis milhões de kwacha, 10 mil dólares, e segundo a polícia seu corpo seria desmembrado. O suspeito declarou à polícia, no entanto, que a menina era sua namorada.



Os albinos, que têm a pele branca e o cabelo louro como consequência de uma alteração genética, são assassinados em alguns países da África e depois desmembrados para que seus órgãos sejam utilizados - incluindo os órgãos genitais e os ossos - em cerimônias de bruxaria.

Desde dezembro, a ONU registrou seis mortes de albinos no Malauí e segundo a Cruz Vermelha o esqueleto de um albino pode valer até 75 mil dólares. A ONU também advertiu que na Tanzânia o número de assassinatos pode aumentar nas próximas semanas devido às eleições de outubro, nas quais os candidatos costumam recorrer à bruxaria para tentar vencer.