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Novo confronto entre palestinos e a polícia de Israel acontece em Jerusalém

No domingo (13/9) também foram registrados confrontos no local sagrado, coincidindo com o início das celebrações do Ano Novo judaico



Um correspondente da AFP também observou um confronto entre um visitante judeu e muçulmanos que estavam do lado de fora do complexo. As visitas de não muçulmanos ao local aumentam durante as férias judaicas. O ministro da Agricultura israelense, Uri Ariel, de ultradireita, estava entre os visitantes de domingo, segundo a imprensa.

O ministério da Defesa decidiu proibir a entrada no local dos grupos muçulmanos Murabitat e Murabitun - que afirmam defender a Esplanada das Mesquitas - para proteger "a segurança do Estado, o bem-estar e a ordem pública". Nos distúrbios de domingo, testemunhas afirmaram que a polícia entrou na mesquita de forma violenta e provocou danos. A polícia alega que se limitou a fechar as portas para evitar que as pessoas que estavam do lado de dentro atirassem pedras e outros objetos.

O presidente palestino, Mahmud Abbas, condenou a ação da polícia israelense no domingo, ao recordar que locais como Al-Aqsa constituem uma "linha vermelha". "Não permitiremos ataques contra nossos locais sagrados". Netanyahu respondeu também no domingo. "É nossa responsabilidade e nosso direito atuar contra os agitadores para permitir a liberdade dos fiéis neste local sagrado".

Israel conquistou Jerusalém Oriental, onde fica a Esplanada das Mesquitas, durante a guerra dos Seis Dias de 1967 e mais tarde a anexou a seu território, uma medida jamais reconhecida pela comunidade internacional.