O número de mortos de um duplo atentado com carro-bomba, esta sexta-feira, perto da capital síria, Damasco, aumentou para 26, entre eles um líder druso, anunciou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
"O número de vítimas dos atentados com carro-bomba na periferia de Sueida, na sexta-feira, aumentou para 26 mortos, entre eles um importante xeque druso. Cinquenta pessoas ficaram feridas", declarou Rami Abdel Rahmane, diretor da ONG.
O xeque Wahid al-Balus, que morreu no atentado, era conhecido por sua hostilidade ao regime de Bashar al Assad e aos extremistas islâmicos. Um balanço anterior registrava 8 mortos.
Sueida é o reduto da minoria drusa da Síria, à qual pertenciam cerca de 3% da população total síria antes da guerra, que era de 23 milhões de pessoas.
"Balus era o líder do grupo de Xeques da Dignidade, que defende proteger as áreas drusas da Síria", afirmou Malek Abu Kheir, jornalista de Sueida que o conhecia.
Balus se opunha a levar recrutas de Sueida para fora da província e falava frequentemente contra grupos jihadistas e o regime do presidente Bashar al Assad, disse Abu Kheir à AFP.
A comunidade drusa esteve dividida durante a guerra, pois uns lutam a favor do governo e outros expressam simpatia pela oposição.
Milhares de drusos escaparam do serviço militar e preferem pegar em armas por conta própria em defesa de suas áreas.
Em Sueida, os drusos também formam milícias locais para proteger-se dos rebeldes, segundo moradores do local.
Os drusos da Síria são uma maioria muçulmana heterodoxa.