A Liga Árabe anunciou o adiamento indefinido de uma reunião ministerial originalmente programada para esta quinta-feira (27/8) para aprovar a criação de um exército comum, destinado, em particular, para combater os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI).
Esta reunião dos ministros das Relações Exteriores e da Defesa dos países membros da organização pan-árabe havia sido convocada para aprovar e assinar o Protocolo de Entendimento sobre a Criação de uma Força Árabe Conjunta.
[SAIBAMAIS]Os chefes de Estado árabes haviam anunciado no final de março durante sua cúpula anual a futura criação da força conjunta. A Liga estabeleceu o prazo de quatro meses para se chegar a um acordo sobre a sua composição e as regras de engajamento.
"A reunião dos ministros da Defesa e das Relações Exteriores árabes originalmente programada para quinta-feira, 27 de agosto (...) foi adiada para uma data a ser fixada", declarou nesta quarta-feira o secretariado-geral da Liga Árabe em um comunicado.
O texto não especifica as razões do adiamento, mas explica que foi a pedido da Arábia Saudita, apoiada por Bahrein, Kuwait, Catar, Emirados Árabes Unidos e Iraque.
O Secretário-Geral da Liga, Nabil al-Arabi, destacou várias vezes que um dos principais objetivos do exército árabe seria combater os jihadistas do EI, que controlam extensas faixas de território no Iraque e na Síria, e são muito ativos no Sinai egípcio e Líbia.
O anúncio da criação desta força coincidiu com o início dos bombardeios da coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita contra os rebeldes xiitas no Iêmen. Os Chefes de Estado haviam assegurado que a força também seria criada para intervir em conflitos no Oriente Médio, quando necessário.