Dirigentes dos países do leste da África participaram neste domingo (16/8), em Adis Abeba, das negociações de paz sobre o Sudão do Sul, às quais o presidente sul-sudanês, Salva Kiir, assistirá finalmente com o objetivo de conseguir um acordo em meio a uma forte pressão internacional.
O governo do Sudão do Sul e os rebeldes tem até esta segunda-feira para firmar um acordo destinado a pôr fim a 20 meses de uma guerra civil que causou dezenas de milhares de mortes.
O chefe rebelde Riek Machar não apareceu publicamente em Adis Abeba, mas várias fontes afirmaram que estava na capital etíope há dias.
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O presidente sul-sudanês, Salva Kiir, finalmente reconsiderou sua decisão inicial e decidiu assistir às negociações, segundo anunciou neste domingo seu governo.
Antes de sair de Juba, o presidente Kiir declarou à imprensa que foi "obrigado" a assistir às negociações e advertiu que um acordo de paz "que não pode ser aplicado não deve ser assinado".
No domingo, o presidente ugandês, Yoweri Museveni, que enviou tropas ao Sudão do Sul para apoiar o presidente Kiir, se reuniu com o primeiro-ministro etíope Hailemariam Desalegn e o presidente sudanês Omar al Bashir, assim como seu homólogo queniano Uhuru Krnyatta.
A guerra civil no Sudão do Sul começou em dezembro de 2013, na capital Juba, quando Salva Kiir, de etnia Dinka, acusou seu vice-presidente - de etnia Nuer - Riek Machar, recém destituído, de fomentar um golpe de Estado.