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Líder do Boko Haram diz que continua vivo e no comando do grupo

Nigeriano teria divulgado gravação de oito minutos na qual se refere ao presidente como tirano e hipócrita

O líder do grupo jihadista nigeriano Boko Haram negou que tenha sido morto ou destituído como chefe da organização, em uma gravação de áudio difundida neste domingo (15/8), e que os especialistas consideram autêntica.

Na mensagem de oito minutos de duração, feita em dialeto hausa (falado em várias partes da Nigéria, Níger e África Ocidental), Abubakar Shekau negou as afirmações feitas pelo presidente do Chade, Idriss Deby, segundo as quais havia sido substituído. Ele também se refere ao presidente como hipócrita e tirano.

"É certo que todos os meios de comunicação dos infiéis afirmam que estou morto, doente ou incapacitado", afirma num trecho.


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"Que fique claro que isso é falso. É uma mentira. Se fosse verdade, não estariam ouvindo minha voz", afirmou ainda, agradecendo a Alá por sua ajuda.

Deby declarou na semana passada que o Boko Haram estava "decapitado", que a guerra contra o grupo iria terminar antes do final do ano, e que apenas restam alguns pequenos grupos espalhados a leste da Nigéria, na fronteira com Camarões.

Por sua parte, o Centro de Vigilância de Sites Islamita (SITE) verificou a autenticidade da mensagem, e um correspondente da AFP com ampla experiência em temas vinculados ao Boko Haram assinalou que a voz corresponde a de gravações anteriores.