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Nos EUA, Hillary Clinton perde apoio entre mulheres brancas, diz pesquisa

Para a equipe de Clinton, a pesquisa é um sinal preocupante. Hillary não deve conseguir o mesmo apoio entre os afro-americanos que impulsionou as duas vitórias de Obama

Muitos no Partido Democrata esperavam que a pré-candidata à presidência Hillary Clinton expandiria a base eleitoral do presidente, ao conseguir um apoio maior entre as eleitoras brancas. Uma nova pesquisa do Wall Street Journal e da NBC News sugere, porém, que ela terá dificuldade para decolar nesse segmento do eleitorado dos Estados Unidos.

Hillary está perdendo espaço entre as mulheres brancas e em outras importantes fatias do eleitorado, segundo a sondagem, em meio a uma série de reportagens sobre o uso de seu e-mail privado enquanto era secretária de Estado, sobre o quanto ela ganhava para dar palestras e doações vindas do exterior para a Fundação Clinton.



Em junho, 44% das mulheres brancas tinham uma visão favorável sobre Hillary, enquanto 43% não tinham uma visão favorável. Em julho, apenas 34% nesse grupo tinham impressão favorável, enquanto para 53% ela era desfavorável, segundo a pesquisa.

Obama se saiu mal entre as mulheres brancas na eleição de 2012, perdendo nesse grupo para o republicano Mitt Romney por 14 pontos porcentuais.

Para a equipe de Clinton, a pesquisa é um sinal preocupante. Hillary não deve conseguir o mesmo apoio entre os afro-americanos que impulsionou as duas vitórias de Obama, então precisa compensar essa diferença em outros grupos. As mulheres desejosas de ver uma mulher na Casa Branca são um alvo óbvio para ela. Em pesquisas anteriores, a ex-secretária de Estado se saía bem entre eleitoras com uma trajetória similar à dela, mas na sondagem atual o quadro é pior.

Nos primeiros três meses do ano, as norte-americanas suburbanas tinham uma visão positiva dela com uma margem de 18 pontos porcentuais. Em julho, por uma margem de cinco pontos, as mulheres do subúrbio tinham uma visão negativa da pré-candidata.

Entre as mulheres com pelo menos uma graduação, 51% tinham uma visão positiva de Hillary e 38% tinham visão negativa em junho. Em julho, esses números haviam mudado para 43% de avaliação positiva e 47% de negativa.

"Não há como dizer que ela está na mesma posição neste mês na comparação com o mês passado", disse Bill McInturff, um dos diretores da pesquisa, que vê Hillary "em uma posição mais fraca".

A pesquisa mostra também que, entre os independentes, mais pessoas tinham uma visão negativa de Hillary: 52% contra 27%. Em junho, havia praticamente um empate nesse grupo. A avaliação positiva dela entre os afro-americanos também piorou um pouco (agora é de 66% a 15%, antes era de 81% a 3%).

A boa notícia para Hillary é que ela lidera entre os pré-candidatos do Partido Democrata. Ela tem vantagem sobre o segundo colocado, o senador Bernie Sanders, por 59% a 25%. Em junho, porém, tinha 75% a 15%. Fonte: Dow Jones Newswires.