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Mais de 47 mil iranianas são demitidas após volta da licença maternidade

Empresas alegam que preferem contratar funcionários menos custosos

Teerã, Irã - Mais de 47 mil mulheres foram demitidas no Irã após cumprir licença maternidade por suas empresas que preferem contratar funcionários menos custosos, num momento em que uma nova lei que ampliará a licença aguarda os fundos necessários para a sua aplicação. A nova lei estabelece uma licença maternidade remunerada de nove meses, mas ainda espera a liberação dos fundos necessários para a sua implementação - cerca de 3,2 bilhões de riais (985 milhões de dólares) - de acordo com autoridades iranianas.

Segundo Mohammed Hassan Zeda, chefe da Organização da Segurança Social iraniana, alguns estudos mostram que, entre as 145 mil mulheres que entraram de licença maternidade de seis meses no últimos 18 meses, 47 mil - quase um terço - foram demitidas quando quiseram retornar ao trabalho. "Muitas diplomadas estão dispostas a trabalhar por salários menores", disse Zeda, em entrevista à agência de notícias Isna.



Se os fundos forem desbloqueados, cerca de 160 mil mulheres no mercado de trabalho irão beneficiar da nova lei, segundo ele. De acordo com o Centro iraniano de Estatística, a taxa de desemprego era de 10,8% em 2014 e fontes oficiais estimam atingir 20%. Esta taxa é particularmente importante entre as mulheres (19,2%) e jovens (25%).

O acordo nuclear alcançado em 14 de julho entre o Irã e as principais potências significaria o levantamento das sanções, permitindo uma melhoria na economia e na perspectiva de emprego.