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Homem morre após invasão de 1,5 mil imigrantes no Eurotunnel da França

A vítima, de origem sudanesa, foi atropelada por um caminhão que havia saído de um ferry que cruzava o canal

Calais, França - O terminal do Eurotunnel em Calais (norte da França) foi novamente alvo na madrugada desta quarta-feira (29/7) de ao menos 1.500 tentativas de invasão por parte de imigrantes que queriam chegar à Grã-Bretanha, um episódio que custou a vida de um deles, indicou à AFP uma fonte policial. "Nossas equipes encontraram um corpo nesta manhã (quarta-feira) e os bombeiros confirmaram a morte da pessoa", confirmou um porta-voz do Eurotunnel, a empresa que explora o túnel que cruza o Canal da Mancha.

Trata-se da nona pessoa que perde a vida perto das instalações do Eurotunnel desde o início de junho. O imigrante falecido, de origem sudanesa, tinha entre 25 e 30 anos e foi atropelado por um caminhão que havia saído de um ferry que cruzava o canal, indicou uma fonte policial. "Tudo aconteceu durante a noite e às seis da manhã os policiais ainda tinham muito trabalho", acrescentou a fonte, declarando que havia sido informada da presença de "500 a 1.000 imigrantes" na zona. Alguns imigrantes tentam realizar várias tentativas de intrusão durante a noite.

O Eurotunnel indicou na véspera que cerca de 2.000 tentativas de invasão de imigrantes haviam sido registradas na madrugada de terça-feira. "É a tentativa mais importante em um mês e meio", disse à AFP um porta-voz do Eurotunnel. Há várias semanas, muitos imigrantes tentam quase diariamente cruzar o túnel do Canal da Mancha para chegar ao Reino Unido, e desde janeiro os funcionários do Eurotunnel interceptaram mais de 37 mil imigrantes que tentavam viajar clandestinamente da França à Grã-Bretanha, afirmou um comunicado da empresa.



O Eurotunnel convocou os Estados a uma reação apropriada diante da "explosão do número de imigrantes presentes em Calais e das consequências, às vezes dramáticas", da situação. Esta situação "supera o que um concessionário pode razoavelmente fazer", indicou o comunicado da empresa. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, expressou nesta quarta-feira sua preocupação com a situação. "Isso é muito preocupante", disse à imprensa durante uma visita a Cingapura, acrescentando que o governo trabalha estreitamente com as autoridades francesas para enfrentar a situação.