Nova York, Estados Unidos - O secretário de Estado americano, John Kerry, disse nesta sexta-feira (24/7) que seria uma vergonha para ele e um golpe para a credibilidade dos Estados Unidos no mundo que o Congresso rejeitasse o acordo nuclear com o Irã.
"Acreditam que o aiatolá voltará à mesa de negociações se o Congresso rejeitar isso e (quiser) voltar a negociar?", se perguntou ante a audiência do Council of Foreign Relations em Nova York.
Kerry dedicou os últimos dias a tentar convencer os americanos reticentes dos benefícios do acordo com o Irã, em particular a maioria republicana do Congresso, quando os legisladores dispõem de 60 dias para aprovar ou rejeitar o pacto.
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O Congresso pode impulsionar uma moção de reprovação, que o presidente Barack Obama pode vetar. Levantar o veto requer dois terços dos votos dos 535 legisladores de ambas as câmaras legislativas.
"Vocês acreditam que (...) outras pessoas no mundo vão dizer ;negociemos com os Estados Unidos, que têm 535 secretários de Estado;?", ironizou Kerry.
"Por favor, seria vergonhoso suprimir (este acordo). Depois disso o que direi às pessoas como secretário de Estado? ;Venham negociar conosco?;", acrescentou.
Kerry recebeu na quinta-feira (23/7) fortes críticas quando defendeu o acordo no Congresso por supostamente ter sido enganado por Teerã.
O acordo foi assinado em Viena na semana passada após duras negociações entre Irã e os membros permanentes do Conselho de Segurança - Reino Unido, China, França, Rússia e Estados Unidos - além da Alemanha. Por este acordo serão levantadas gradualmente as sanções econômicas contra Teerã em troca de garantias de que seu programa nuclear terá fins pacíficos.