Nairóbi, Quênia - Os rebeldes do Sudão do Sul anunciaram nesta quarta-feira (22/7) sua separação de um de seus mais importantes comandantes militares, o que pode complicar a situação no país, atingido há um ano e meio por uma guerra civil.
[SAIBAMAIS]O chefe dos rebeldes, Riek Machar, ex-vice-presidente do país, substituiu o influente senhor da guerra Peter Gadet, alvo de sanções por parte das Nações Unidas, pelo general James Koang Chuol, que também está na lista negra da ONU, segundo um documento oficial consultado pela AFP. "Trata-se de uma remodelação ordinária", indicou à AFP o porta-voz dos rebeldes, Mabior Garang.
Segundo um diplomata presente nas negociações de paz realizadas em Adis Abeba, onde já foram assinados sete vezes cessar-fogos rapidamente descumpridos, esta decisão complicará a colocação em andamento de um acordo de paz duradouro. "Toda divisão suplementar nas forças da oposição torna mais difícil a colocação em andamento de um acordo em terra", indicou.
Peter Gadet é acusado de ter derrubado um helicóptero das Nações Unidas em agosto de 2014. A guerra civil no Sudão do Sul começou em dezembro de 2013 na capital, Juba, quando o presidente, Salva Kiir, acusou o vice-presidente, Riek Machar, de fomentar um golpe de Estado, o que rapidamente degenerou em um conflito armado.