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Turquia reforça segurança após atentado atribuído ao Estado Islâmico

O primeiro-ministro Ahmet Davutoglu informou que o número de mortos subiu para 32 e que ainda há 29 pessoas hospitalizadas

Suruc, Turquia - O governo islâmico-conservador turco prometeu nesta terça-feira (21/7) reforçar as medidas de segurança no dia seguinte ao atentado suicida atribuído ao Estado Islâmico (EI), que causou a morte de 32 pessoas em Suruc, perto da fronteira com a Síria. "Foi identificado um suspeito. Estamos verificando seus eventuais vínculos com o exterior ou na Turquia", declarou nesta terça, em Suruc, o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu, que insistiu na hipótese de o Estado Islâmico ser o autor do atentado.



Os países ocidentais criticam regularmente o governo de Ancara por sua neutralidade, ou complacência frente às organizações radicais em guerra contra o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, incluindo o EI. A Turquia sempre negou as acusações, mas tem-se recusado a participar da coalizão militar antijihadista liderada pelos Estados Unidos.

A cidade de Suruc recebe milhares de refugiados curdos da Síria que deixaram a região de Kobane durante a ofensiva lançada pelo EI em setembro passado. Esse ataque e os violentos combates que se seguiram causaram o êxodo de cerca de 200 mil pessoas para a vizinha Turquia. Segundo as autoridades locais turcas, apenas cerca de 35 mil sírios retornaram para casa desde o fim da batalha. No final de junho, o EI lançou um ataque surpresa em Kobane, marcando seu retorno ao centro da cidade com três atentados suicidas. Os combates resultaram na morte de mais de 120 civis. Alguns dias depois, as milícias curdas retomaram o controle total da cidade.