Os tiroteios que ocorreram em dois centros da Marinha no estado do Tennessee, nos Estados Unidos, ilustram a ameaça que a Agência Federal de Investigação (FBI) havia alertado sobre: a violência direcionada a alvos vulneráveis do governo por "lobos solitários" com inspiração aparentemente terrorista.
O FBI não entrou em detalhes, mas os ataques de quinta-feira (16/7) que mataram quatro soldados da Marinha e um marinheiro estão sendo investigados como ato terrorista. As autoridades estão investigando o passado do autor do crime, Muhammad
Youssef Abdulazeez, em busca de viagens, contatos e textos escritos online.
De acordo com um agente federal, as investigações ainda não encontraram uma grande presença online envolvendo o atirador, de 24 anos, ou evidências de que ele foi diretamente influenciado ou inspirado pelo grupo Estado Islâmico.
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Abdulazeez, nascido no Kuwait, foi morto pela polícia após o ataque. Ele não estava sob investigação e nem no radar das autoridades como possível ameaça. Ele visitou a Jordânia no ano passado, um oficial divulgou nesta sexta-feira, e a viagem será investigada.
Abdulazeez tinha um diploma de engenheiro da Universidade do Tennesse. Aqueles que o conheceram o descreveram como um típico rapaz do subúrbio, apesar de documentos revelarem que em sua casa havia indícios de abusos e turbulência familiar.
Michael McMcCaul, do Partido Republicano e presidente do Comitê de Segurança Nacional do Senado, afirmou que as investigações estão analisando se o autor era o que alguns especialistas chamam de "perdedores aos leões", uma pessoa jovem que busca "uma causa maior que si mesmo" e comete um ato terrorista no processo.