Teerã, Irã - O acordo alcançado em Viena sobre o programa nuclear de Teerã irá reforçar a estabilidade regional, estimou o presidente iraniano, Hassan Rohani, em uma conversa por telefone com o sultão de Omã.
"Contrariamente à opinião de alguns na região, este acordo (celebrado entre o Irã e as grandes potências) irá realmente reforçar a segurança, a estabilidade e a cooperação entre os vizinhos", declarou Rohani, citado nesta sexta-feira pela agência de notícias oficial Irna.
O Irã, de maioria xiita, mantém relações amistosas com o sultanato de Omã, que desempenhou um papel importante na facilitação do diálogo entre Teerã e Washington, o que levou a um acordo.
Omã é a única monarquia do Golfo que não participa da coalizão liderada pela Arábia Saudita contra os rebeldes xiitas no Iêmen, próximos ao governo de Teerã.
Na quinta-feira (16/7), o ministro saudita das Relações Exteriores, Adel al-Jubeir, advertiu o Irã durante uma visita a Washington que não deve tentar usar o levantamento das sanções para financiar "aventuras na região".
Entre os países da região, Israel também declarou sua hostilidade ao acordo nuclear.
O presidente Rohani expressou, por sua vez, preocupação com "a guerra e os massacres na Síria e no Iêmen".
"Consideramos que para tais crises só há soluções políticas, e que devemos reforçar esta ideia (entre os líderes) dos países da região", disse ele.
O Irã apoia o regime de Bashar al-Assad na Síria, que enfrenta vários grupos rebeldes, incluindo os jihadistas do Estado Islâmico, e no Iêmen expressou seu apoio aos rebeldes huthis.
"Também esperamos que com a ajuda do Irã possamos fazer algo para corrigir as crises na região", disse por sua vez o sultão Qabus bin Said, citado pela IRNA.