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Diretora de Departamento Pessoal renuncia nos EUA após ataque virtual

Segundo o governo americano, trata-se de um incidente "diferente, mas relacionado" a outro episódio de pirataria que afetou dados de quatro milhões de funcionários federais no início de junho.

Washington, Estados Unidos - A diretora da agência encarregada da gestão dos funcionários do governo americano, Katherine Archuleta, entregou o cargo nesta sexta-feira (10/7), um dia depois da denúncia de uma invasão virtual que teria afetado os dados eletrônicos mais de 20 milhões de pessoas.

Segundo informações divulgadas pelo governo na quinta-feira, os dados de 21,5 milhões de funcionários federais e seus familiares foram "invadidos" on-line.

Antecedentes judiciais, informações sobre a Previdência Social, o estado de saúde e as finanças foram alguns dos elementos hackeados.

"Nesta manhã, apresentei minha demissão ao presidente, que a aceitou", anunciou a diretora do Escritório de Administração de Pessoal do governo (OPM, em inglês), Katherine Archuleta, explicando que tomava essa decisão para "permitir que a agência supere seus desafios atuais".

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Um funcionário de alto escalão da Casa Branca disse que o presidente Barack Obama "aceitou sua demissão e agradeceu a Archuleta por seus anos de serviço dedicado".

Segundo o governo americano, trata-se de um incidente "diferente, mas relacionado" a outro episódio de pirataria que afetou dados de quatro milhões de funcionários federais no início de junho.

Vários veículos da imprensa americana apontaram, na época, para a China, que denunciou que essas alegações são "irresponsáveis e sem fundamento".

A Casa Branca sempre se recusou a falar sobre esse tema.

"O fato de que não demos qualquer informação publicamente não quer dizer que não tomemos medidas", explicou o coordenador de cibersegurança do Conselho de Segurança Nacional, Michael Daniel, na quinta-feira.

A pirataria virtual envenena há algum tempo as relações diplomáticas entre Washington e Pequim.

No final de junho, em uma reunião de alto nível realizada em Washington com autoridades chinesas, o secretário de Estado americano, John Kerry, admitiu estar "profundamente preocupado com as questões de cibersegurança", mencionando os "danos causados a empresas americanas".