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Irã e P5+1 estendem negociações sobre acordo nuclear até 13 de julho

O acordo está sendo discutido desde novembro de 2013 e incluiu o alívio progressivo das sanções internacionais contra o Irã em troca do país diminuir seu programa nuclear.

Os ministros das Relações Exteriores da Grã-Bretanha e da França deixaram as negociações nucleares com o Irã em Viena nesta sexta-feira, dizendo que voltariam a se reunir com outros altos funcionários no sábado para tentar fechar um acordo final em meio à crescente animosidade entre os negociadores iranianos e ocidentais.

Para permitir mais tempo para chegar a um acordo e permanecer na base jurídica sólida, a União Europeia e os Estados Unidos disseram nesta sexta-feira que estenderam os termos do acordo nuclear interino com o Irã até segunda-feira.

Em meio às negociações, o presidente do parlamento do Irã, Ali Larijani, advertiu que estava pronto para dar apoio ao crescimento do programa nuclear do país caso as potências do P5%2b1 (EUA, China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha) fizessem o "erro estratégico" de se afastar das negociações.

O acordo está sendo discutido desde novembro de 2013 e incluiu o alívio progressivo das sanções internacionais contra o Irã em troca do país diminuir seu programa nuclear.

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Na quinta-feira, em Viena, onde as negociações são realizadas, as crescentes tensões em torno das negociações nucleares se tornaram públicas.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que não iria ficar na mesa de negociação para sempre e pediu que Teerã encerre suas lacunas "muito em breve".

Horas mais tarde, uma autoridade iraniana acusou os EUA e potências europeias de retrocesso nos recentes compromissos assumidos nas negociações, culpando o Ocidente por não cumprir o prazo anterior para chegar a um acordo.

Em seu caminho para fora das conversações no início da tarde de sexta-feira, o ministro do Exterior britânico, Philip Hammond, disse que ainda acredita que um acordo final esteja próximo, mas classificou as negociações como "dolorosamente lentas".

O chanceler francês, Laurent Fabius, também saiu de Viena na sexta-feira à tarde e era esperado que retornasse no início do sábado.

As negociações deveriam terminar em 30 de junho. Esse prazo foi prorrogado inicialmente por uma semana.

Mas agora o acordo final pode ter um novo impedimento: o Congresso dos EUA. Sob a lei dos EUA, as sete nações que negociam em Viena teriam de concluir antes do final desta quinta-feira em Washington para evitar um pedido de avaliação de 60 dias pelos parlamentares.

O temor dos assessores do presidente Barack Obama é que, com maior prazo, há o risco de o acordo ser rejeitado no Congresso ou que os iranianos retrocedam em suas promessas. Fonte: Dow Jones Newswires.