O governo do Sudão do Sul anunciou neste domingo que punirá os militares acusados pela ONU de estuprar e queimar vivas mulheres e meninas neste jovem país devastado há um ano e meio por uma sangrenta guerra civil.
Em um relatório publicado na terça-feira, investigadores da Missão de Assistência das Nações Unidas na República do Sudão do Sul (Minuss) denunciam "violações generalizadas dos direitos humanos", com base nos depoimentos de 115 vítimas e testemunhas do estado de Unidade (norte), um dos mais afetados pela guerra civil.
"Algumas das acusações mais preocupantes se referem ao sequestro e aos abusos sexuais cometidos contra mulheres e meninas. Algumas delas foram queimadas em suas casas", afirma o documento.
O exército sul-sudanês, SPLA, iniciou em abril uma ofensiva contra as forças rebeldes no departamento de Mayom, que era uma região petroleira importantes antes da destruição provocada pela guerra.
"Tivemos acesso a este relatório e esses crimes odiosos só podem ter sido cometidos por indivíduos odiosos. Nosso exército pune sem impunidade todos os atos que fogem das regras habituais da guerra", declarou neste domingo o porta-voz militar do Sudão do Sul, Philip Aguer, em um comunicado, quando o exército habitualmente abafa esse tipo de acusação.
"Nosso exército foi criado para proteger nossas mulheres e nossas crianças, assegurar a segurança e o respeito da dignidade humana. Se o relatório da ONU for verdadeiro, esses atos não podem ser tolerados", acrescentou o porta-voz, afirmando "que todos os envolvidos nestes crimes terríveis serão levados à justiça e aos tribunais de Deus".
Segundo a ONU, "os sobreviventes dos ataques afirmaram que o SPLA e suas milícias aliadas do departamento de Mayom executaram uma campanha contra a população local, matando civis, saqueando e destruindo vilarejos, além de provocar o deslocamento de mais de 100.000 pessoas".
Os investigadores declararam que receberam informações sobre ao menos nove incidentes distintos em que "mulheres e crianças foram queimadas em tukuls (cabanas) depois de serem estupradas".
Também foram registrados dezenas de casos de violência sexual e vários relatos de estupros de mulheres diante de seus filhos.
A intensificação dos combates também foi marcada por "acusações de assassinato, estupro, sequestro, saques, incêndios e deslocamento de populações", aponta o relatório.
As forças rebeldes também cometeram atrocidades, que incluem estupros, assassinatos e recrutamento de crianças-soldados.
O exército, que nega repetidamente as acusações de violação dos direitos humanos, não respondeu ao relatório da ONU, que foi transmitido às autoridades antes da publicação.
A guerra no Sudão do Sul, que obteve sua independência há quatro anos, em 9 de julho de 2011, começou em dezembro de 2013 com combates entre duas facções do exército, dividido pela rivalidade entre o presidente Salva Kiir e o ex-vice-presidente Riek Mashar.
Diversas milícias se uniram a cada lado, com confrontos marcados por massacres de caráter étnico.
Dois terços dos 12 milhões de habitantes do Sudão do Sul necessitam de ajuda humanitária, segundo a ONU, e um sexto precisou fugir de suas casas.
Em um relatório publicado na terça-feira, investigadores da Missão de Assistência das Nações Unidas na República do Sudão do Sul (Minuss) denunciam "violações generalizadas dos direitos humanos", com base nos depoimentos de 115 vítimas e testemunhas do estado de Unidade (norte), um dos mais afetados pela guerra civil.
"Algumas das acusações mais preocupantes se referem ao sequestro e aos abusos sexuais cometidos contra mulheres e meninas. Algumas delas foram queimadas em suas casas", afirma o documento.
O exército sul-sudanês, SPLA, iniciou em abril uma ofensiva contra as forças rebeldes no departamento de Mayom, que era uma região petroleira importantes antes da destruição provocada pela guerra.
"Tivemos acesso a este relatório e esses crimes odiosos só podem ter sido cometidos por indivíduos odiosos. Nosso exército pune sem impunidade todos os atos que fogem das regras habituais da guerra", declarou neste domingo o porta-voz militar do Sudão do Sul, Philip Aguer, em um comunicado, quando o exército habitualmente abafa esse tipo de acusação.
"Nosso exército foi criado para proteger nossas mulheres e nossas crianças, assegurar a segurança e o respeito da dignidade humana. Se o relatório da ONU for verdadeiro, esses atos não podem ser tolerados", acrescentou o porta-voz, afirmando "que todos os envolvidos nestes crimes terríveis serão levados à justiça e aos tribunais de Deus".
Segundo a ONU, "os sobreviventes dos ataques afirmaram que o SPLA e suas milícias aliadas do departamento de Mayom executaram uma campanha contra a população local, matando civis, saqueando e destruindo vilarejos, além de provocar o deslocamento de mais de 100.000 pessoas".
Os investigadores declararam que receberam informações sobre ao menos nove incidentes distintos em que "mulheres e crianças foram queimadas em tukuls (cabanas) depois de serem estupradas".
Também foram registrados dezenas de casos de violência sexual e vários relatos de estupros de mulheres diante de seus filhos.
A intensificação dos combates também foi marcada por "acusações de assassinato, estupro, sequestro, saques, incêndios e deslocamento de populações", aponta o relatório.
As forças rebeldes também cometeram atrocidades, que incluem estupros, assassinatos e recrutamento de crianças-soldados.
O exército, que nega repetidamente as acusações de violação dos direitos humanos, não respondeu ao relatório da ONU, que foi transmitido às autoridades antes da publicação.
A guerra no Sudão do Sul, que obteve sua independência há quatro anos, em 9 de julho de 2011, começou em dezembro de 2013 com combates entre duas facções do exército, dividido pela rivalidade entre o presidente Salva Kiir e o ex-vice-presidente Riek Mashar.
Diversas milícias se uniram a cada lado, com confrontos marcados por massacres de caráter étnico.
Dois terços dos 12 milhões de habitantes do Sudão do Sul necessitam de ajuda humanitária, segundo a ONU, e um sexto precisou fugir de suas casas.