Washington, Estados Unidos - Um dirigente jihadista tunisiano e veterano da Al-Qaeda foi abatido em uma operação americana na Líbia no mês passado, revelou nesta sexta-feira o The New York Times. Seifallah Ben Hassine, líder do grupo Ansar Asharia, proibido na Tunísia, foi abatido em meados de junho durante uma operação aérea contra outro dirigente da Al-Qaeda, o argelino Mokhtar Belmokhtar, afirma o jornal.
Ben Hassine coordenou uma campanha de assassinatos e ataques, segundo o jornal, que aponta que estava vivendo na Líbia desde 2013. O jornal afirma que a Rádio Mosaique da Tunísia foi a primeira a dar a informação, e que o jornal a confirmou através de um funcionário de alto escalão americano em Washington.
A Ansar Asharia, um dos principais movimentos jihadistas tunisianos, é considerada terrorista por Tunísia e Estados Unidos. Washington havia anunciado em meados de junho que havia realizado uma operação no leste da Líbia para tentar matar o dirigente jihadista Mokhtar Belmokhtar.
O governo líbio reconhecido pela comunidade internacional afirmou na época que Belmokhtar havia morrido no ataque, mas a Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) o desmentiu.
Ben Hassine, também conhecido como Abu Ayadh, figura em uma lista negra da ONU desde 2002 por seus vínculos com a Al-Qaeda. Esteve detido na Tunísia, mas se beneficiou de uma anistia após a queda do ditador laico Zine El Abidine Ben Ali. Teria combatido ao lado de Osama Bin Laden no Afeganistão em 2001, antes de se deslocar ao Paquistão e depois à Turquia, onde foi detido, segundo o jornal.