As supostas vítimas de abuso sexual por parte de dois soldados franceses, membros das forças especiais em Burkina Faso, seriam duas meninas de 3 e 5 anos de idade, e os crimes teriam acontecido no domingo na piscina de um hotel de Ouagadougou, indicou à AFP uma fonte próxima ao caso.
As meninas têm dupla nacionalidade, francesa e burquinense. Segundo as investigações, a mãe da criança mais nova teria ido no domingo à piscina e conversado com os militares franceses, de 36 e 38 anos. Ela os teria convidado a beber em sua casa.
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Um dos homens teria esquecido sua câmera portátil GoPro na residência da mulher, e desta maneira ela descobriu as imagens filmadas debaixo d;água e o abuso cometido pelos militares.
Logo após a descoberta, ela procurou a embaixada da França para mostrar o vídeo, de vários minutos, e denunciar os militares. O pai da outra criança também teria visto as imagens.
A França quer repatriar os dois acusados, segundo indicou o governo. "Estamos em contato com a justiça de Burkina Faso para que a repatriação seja rápida e a justiça possa atuar", declarou o porta-voz do governo, Stéphane Le Foll, após uma reunião ministerial.
Na terça-feira, o ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, suspendeu os dois soldados e declarou que os dois são suspeitos "de ter praticado atos de conotação sexual contra duas crianças" em Burkina Faso.
O Ministério Público de Paris abriu imediatamente uma investigação.
A França já abriu uma investigação similar no ano passado por acusações de abusos na República Centro-africana, mas o caso foi inicialmente ocultado da opinião pública, o que provocou um escândalo.