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Número de mortos em atentados no mundo aumentou 81% em 2014

Em 2014 foram registrados 13.463 ataques em 95 países - um aumento de mais um terço em relação aos 9.700 ataques registrados no ano anterior

Washington, Estados Unidos - Os jihadistas geraram um forte aumento dos ataques terroristas no ano passado, provocando um crescimento de 81% no número de mortes, segundo um relatório divulgado nesta sexta-feira (19/6) pelos Estados Unidos. Em 2014 foram registrados 13.463 ataques em 95 países - um aumento de mais um terço em relação aos 9.700 ataques registrados no ano anterior - com Iraque, Paquistão e Afeganistão entre os países que mais registraram atentados fatais.



Em uma dura avaliação, o relatório aponta que o número de ataques globais cresceu 35% e o "total de mortos aumentou 81% em relação a 2013, em grande parte devido a atividades em Iraque, Afeganistão e Nigéria". No total, 32.727 pessoas foram mortas em 2014 em comparação com as 17.800 em 2013, segundo os dados elaborados pelo Consórcio Nacional para o Estudo do Terrorismo e Respostas ao Terrorismo. Outras 34.700 pessoas ficaram feridas em ataques em 95 países, em grande parte devido às atividade no Iraque, Afeganistão e Nigéria.

Cruéis
"Grupos terroristas empregaram táticas mais agressivas em seus ataques", diz o relatório. Militantes do Estado Islâmico "reprimiram brutalmente comunidades sob seu controle", explicou Kaidanow. Ela declarou que eles utilizaram "métodos cruéis de violência, tais como decapitações e crucificações, com o objetivo de aterrorizar seus inimigos". "A guerra civil em curso na Síria foi um fator significativo na condução dos eventos de terrorismo em nível mundial em 2014", disse o relatório.

No Iraque foram registrados um total de 3.360 ataques, nos quais quase 10 mil pessoas morreram - quase um terço de todos os mortos no mundo em atentados terroristas. Mas Kaidanow insistiu que as estatísticas não contam toda a história, dizendo que ocorreram progressos em algumas áreas, como os asfixiamento do financiamento de grupos terroristas.