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Egito deve libertar 165 condenados por protestos, em indulto presidencial

Desde que o exército depôs e prendeu o presidente, as autoridades egípcias conduzem uma repressão implacável contra qualquer forma de dissidência

Cairo, Egito - O Egito libertará 165 pessoas condenadas à prisão por violar uma polêmica lei que limita o direito de manifestar, por meio de um indulto presidencial, anunciou a presidência nesta quarta-feira. A lista não inclui nenhuma das principais figuras da revolta de 2011 que derrubou o presidente Hosni Mubarak, presos em virtude desta polêmica lei e cuja sentença provocou uma onda de indignação entre ativistas e organizações internacionais de direitos humanos.

Entre os que serão libertados estão o ativista de esquerda Alaa Abdel Fatah, condenado a cinco anos de prisão, sua irmã Sanaa Seif, a dois anos, e o fundador do movimento 6 de Abril, ponta de lança da revolta de 2011, Ahmed Maher, condenado a três anos de prisão.



Desde que o exército depôs e prendeu o presidente Mohamed Morsy, em julho de 2013, as autoridades egípcias conduzem uma repressão implacável contra qualquer forma de dissidência.

Em novembro de 2013, as autoridades aprovaram uma lei que proíbe protestos sem a aprovação prévia da polícia. Desde então, centenas de manifestantes islamitas e dezenas de manifestantes de movimentos seculares e de esquerda foram presos.