Paris - O vice-diretor da campanha eleitoral de 2012 do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy foi acusado nesta segunda-feira em uma investigação sobre um vasto esquema de notas frias.
Jerome Lavrilleux, que organizava as reuniões do então presidente, foi acusado de "falsificação, abuso de confiança, fraude e cumplicidade no financiamento ilegal de campanha eleitoral", segundo uma fonte judicial.
O eurodeputado, cuja imunidade parlamentar foi suspensa há menos de um mês, sofreu o mesmo destino de outros dez líderes da campanha, ex-executivos do partido UMP (rebatizado recentemente de Os Republicanos) ou da Bygmalion, a empresa prestadora de serviços que deu nome ao caso.
Foi ele quem ajudou a revelar o escândalo, há um ano, durante uma memorável confissão transmitida pela televisão.Na ocasião, ele revelou que notas falsas permitiam mascarar gastos de campanha ao UMP, tirando-as do orçamento oficial da campanha, para se manter dentro dos limites autorizados (; 22,5 milhões).
Ao vivo no canal BFM TV, ele admitiu "uma derrapagem no número" de comícios, falando de "um trem que ia a toda velocidade".Um ano depois, os investigadores acreditam que as notas falsas chegavam à soma colossal de ; 18,5 milhões.