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Tribunal francês absolve Strauss-Kahn de acusações de crimes sexuais

Acusado junto a outras 13 pessoas por "proxenetismo agravado", ele nunca negou sua participação nestas festas



;Vácuo total;
Treze réus também compareceram neste caso conhecido como "Carlton", nome de um hotel de luxo onde alguns deles trabalhavam, mas onde Dominique Strauss-Kahn nunca pôs os pés. Com a exceção de um ex-funcionário do Carlton, condenado a um ano, todos foram absolvidos, incluindo um dono francês de um bordel na Bélgica, apelidado de Dodo La Saumure.

Essas decisões mostram o "vácuo total deste caso", comentou Henri Leclerc, um dos advogados de DSK, que denunciou uma instrução "totalmente ideológica". O indiciamento do ex-ministro socialista "foi baseado em critérios morais e nenhum caso jurídico", acrescentou ele, culpando os vazamentos organizados nos meios de comunicação.

Durante quatro anos, a sexualidade deste economista brilhante alimentou as manchetes de jornais. O primeiro episódio remonta ao final de 2008, quando uma ex-membro do FMI, Piroska Nagy, acusou-o de assédio. DSK pediu desculpas publicamente e manteve seu posto. Enquanto isso, na França, uma jovem jornalista, Tristane Banon, acusou-o de tentativa de estupro que teria ocorrido em 2003. No verão de 2011, ela apresentou uma queixa rejeitada pela justiça meses depois.

A decisão judicial coloca fim a quatro anos de escândalos sexuais, como o protagonizado por ele no hotel Sofitel de Nova York em maio de 2011, quando uma empregada, Nafissatou Diallo, o acusou de estupro. O caso terminou com um acordo financeiro confidencial. Golpe final: uma ex-prostitutas publicou um livro onde o compara a um porco. Nas pesquisas, DSK ainda é considerado um homem competente. Desde 2012, embarcou no quadro internacional, mas suas tentativas no setor bancário fracassaram.