Kerry se machucou quando andava de bicicleta nos Alpes, no domingo, 31 de maio, e embarcou de volta para os Estados Unidos a bordo de um avião militar C-17. Cancelou sua agenda programada para Espanha e França.
Por teleconferência, Kerry falou com os líderes da coalizão que enfrenta o grupo Estado Islâmico (EI) e que estão reunidos em Paris. Para o secretário americano, eles "são a melhor esperança de derrotar" os milicianos do EI.
"O Daesh (acrônimo do EI em árabe) é um inimigo resistente e impiedoso que tem fraquezas e pode ser derrotado", afirmou Kerry.
"Uma forma (de conseguir isso) é expor, em cada oportunidade, a falsidade do argumento do Daesh de ser o Estado Islâmico. Na realidade, Daesh é um Estado, tanto quanto eu sou um helicóptero", acrescentou.
Ainda não se sabe quanto tempo vai levar a recuperação de Kerry, mas o porta-voz da Casa Branca, John Earnest, afirmou que o secretário poderá "se recuperar e realizar sua reabilitação com rapidez" e que trabalhará para reduzir seu tempo de descanso.
Earnest disse que é "muito cedo" para dizer "qual impacto o ferimento terá" nas negociações em curso com o Irã, já que o prazo-limite para se chegar a um acordo nuclear definitivo expira em 30 de junho.
O porta-voz da presidência acredita em que Kerry "desempenhará um papel protagonista em nossos esforços para tentar completar essas negociações no final de junho". O Departamento de Estado garantiu que Kerry permanece concentrado nas negociações e pretende voltar à mesa de diálogo no final do mês.