Paris - O Conselho Internacional de Museus (Icom, em inglês) publicou, nesta segunda-feira, em Paris, uma "lista vermelha de emergência" dos bens e objetos culturais iraquianos que se encontram em risco, ameaçados pela destruição, roubo, pilhagem, contrabando, ou tráfico.A lista distingue sete categorias de objetos, entre elas esculturas, elementos arquitetônicos, recipientes, acessórios, ou moedas.
Os objetos pertencem ao período que vai da Mesopotâmia antiga (até -10.000 anos a.C.) até os reinos otomano e mameluco (séculos XVI-XIX d.C.).A relação dos itens será disponibilizada on-line nos próximos dias, na página do Icom (www.icom.museum).
"Nesses últimos meses, assistimos aos massacres de minorias na Síria e no Iraque, mas também à destruição de obras inestimáveis do patrimônio cultural milenar", lamentou o presidente do Museu francês do Louvre, Jean-Luc Martinez, em entrevista coletiva.
As listas vermelhas do Icom foram criadas para ajudar os profissionais das Artes e do Patrimônio e as forças de segurança a identificar os objetos de arte que estão em perigo e são protegidos por lei.
"Não é uma lista de objetos roubados. Os bens culturais apresentados na lista (vermelha) são objetos inventariados em coleções de instituições reconhecidas", explicou o Icom. Desde 2000, o Conselho publicou listas vermelhas para mais de 25 países, declarou seu presidente, o alemão Hans-Martin Hinz.
Fundado em 1946, o Icom reúne cerca de 35.500 membros em 137 países e trabalha com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a Organização Mundial de Alfândegas, a Interpol, entre outros. A sede do Conselho fica em Paris.