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China põe em quarentena 65 pessoas que tiveram contato com coronavírus

Um cidadão sul-coreano infectado pelo Mers viajou na semana passada de avião de Seul para Hong Kong, onde cruzou a fronteira para a China

Pequim, China - Ao menos 77 pessoas estiveram em contato na China com um sul-coreano contaminado pelo coronavírus MERS e 65 delas foram colocadas em quarentena, indicou nesta segunda-feira a imprensa chinesa. Segundo o jornal China Daily, outras 13 pessoas que viajaram no mesmo ônibus que o sul-coreano contaminado não puderam ser localizadas. Todos os casos foram registrados na província de Guangdong, fronteiriça com Hong Kong.

O coronavírus MERS (siglas em inglês de Síndrome Respiratória do Oriente Médio) é considerado um parente mais fatal, mas menos contagioso, do vírus que provoca a síndrome respiratória aguda grave (SARS) e que em 2003 deixou 800 mortos em todo o mundo. As autoridades chinesas estão em alerta desde que a Coreia do Sul confirmou no domingo 15 casos de infecção provocada pelo mesmo homem, que esteve na China.



[SAIBAMAIS]O homem de 44 anos, cujo pai esteve no Oriente Médio e na Arábia Saudita e que era portador do vírus, não respeitou as recomendações de prudência das autoridades e decidiu viajar na terça-feira à China. Na sexta-feira foi declarado contaminado. Segundo o China Daily, que cita fontes dos serviços de saúde de Guangdong, o homem está em observação "consciente, com sinais vitais estáveis e sua pressão sanguínea e seu ritmo cardíaco são normais". Entre as pessoas em quarentena há passageiros que viajaram com ele no mesmo avião. Ao chegar à China, o homem pegou um ônibus para se dirigir a Guangdong.

Na sexta-feira, as autoridades de Hong Kong colocaram em quarentena 12 pessoas - três sul-coreanos e nove chineses - que estiveram em contato com o homem durante o voo. Outros dois passageiros têm sintomas de problemas respiratórios leves e estão sendo examinados em hospitais. Tanto o coronavírus MERS quanto o SARS provocam uma infecção dos pulmões, febre, tosse e dificuldades respiratórias. Diferentemente do SARS, o coronavírus provoca falha renal e não tem tratamento preventivo.