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Autoridades peruanas destroem 14 pistas clandestinas do narcotráfico

A destruição das pistas ocorreu durante ações militares de inteligência entre 18 de abril e 9 de maio

Patrulhas combinadas da polícia e das forças armadas destruíram 14 pistas de pouso clandestinas usadas por narcotraficantes no sudeste do Peru, um dos maiores produtores mundiais de cocaína, informaram nesta sexta-feira as autoridades deste país.

As pistas estavam espalhadas em um amplo vale produtor de coca entre os rios Apurímac, Ene e Mantaro (VRAEM), que se estende por quatro departamentos do Peru e onde atuam narcotraficantes e a guerrilha do Sendero Luminoso, que protege o tráfico em troca de dinheiro.

"Estas operações, que buscam impedir o trânsito de drogas, constituem um duro golpe para os narcotraficantes, convertidos na principal fonte de financiamento do Sendero Luminoso", destacou o Comando Conjunto em um comunicado.

A destruição das pistas ocorreu durante ações militares de inteligência entre 18 de abril e 9 de maio.

O Peru, que é considerado pela ONU como um dos maiores produtores mundiais de folha de coca e cocaína, movimenta anualmente 8,5 bilhões de dólares provenientes do narcotráfico, segundo a procuradora antidrogas Sonia Medina.

O VRAEM é a maior zona produtora de coca do Peru, onde as forças armadas combatem há mais de duas décadas bandos de narcotraficantes e remanescentes do Sendero Luminoso.

"Em 2013 entraram 600 voos clandestinos e em 2014, foi o dobro. O medo é que além do tráfico de drogas entrem armas no país", disse em março o congressista Carlos Tubino, da comissão de Defesa do Congresso e autor do projeto de lei que autoriza a interceptação e o abate de aviões suspeitos de transportar drogas.

O projeto ainda deve ser debatido pelo plenário do Congresso.

O Peru suspendeu em 2001 os voos de interceptação contra o narcotráfico, após um caça peruano derrubar por engano um avião com missionários americanos que havia decolado do povoado colombiano de Leticia com destino à cidade peruana de Iquitos.